Curso Técnico em Cafeicultura - Módulo II - Manejo da Lavoura Cafeeira

2.4.2 Controle manual

O controle manual, também conhe cido como capina, é uma técnica tradicional amplamente utilizada no manejo de plantas daninhas em la vouras cafeeiras. Nesse método, as plantas indesejáveis são arrancadas ou cortadas logo abaixo da superfí cie do solo, geralmente com o uso de ferramentas como enxadas ou foices.

Fonte: Clementino; SENAR (2017g).

Uma das principais vantagens dessa abordagem é sua versatilidade, podendo ser apli cada em qualquer tipo de topografia e em diferentes fases da lavoura, seja em cafe zais jovens, seja em produção. Além disso, o controle manual é especialmente útil em lavouras com espaçamento adensado, onde a mecanização pode ser inviável. No entanto, esse método apresenta desafios significativos, como o alto consumo de mão de obra e o baixo rendimento operacional, fatores que têm levado à substituição da capina manual pela aplicação de herbicidas em diversas regiões produtoras. Apesar disso, o controle manual ainda é uma prática comum em pequenas propriedades ou áreas montanhosas, onde as condições limitam o uso de tecnologias mais avançadas. É importante ressaltar que o uso inadequado dessa técnica pode causar danos à plan ta, como ferimentos no caule e nas raízes, aumentando a suscetibilidade do cafeeiro a pragas e doenças. Por isso, a execução cuidadosa e planejada é essencial para minimi zar impactos negativos e garantir a eficácia no manejo das plantas daninhas.

Comentários do autor A enxada, embora amplamente utilizada no manejo do solo e controle de plantas daninhas, pode atuar como vetor de disse minação de nematoides no cafezal. Esses microrganismos fito patogênicos podem aderir às ferramentas agrícolas e, ao serem utilizadas em diferentes áreas da propriedade, espalhar-se para regiões ainda não infestadas. Por isso, é essencial adotar prá ticas de higienização rigorosa das ferramentas, especialmente quando há confirmação de nematoides em alguma parte da la voura. Esse cuidado reduz o risco de propagação, contribuindo para a saúde do cafezal e a manutenção da produtividade.

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