Curso Técnico em Cafeicultura - Módulo II - Manejo da Lavoura Cafeeira

Podemos dizer que áreas com terrenos mais planos ou suavemente ondulados, com declividade máxima entre 20-25%, são as mais propícias para o uso de máquinas, já que elas facilitam o trânsito de tratores, colhedoras e pulverizadores. Nessas regiões, é possível realizar desde tratos culturais como poda, adubação, manejo de pragas, doenças e plantas daninhas, até a colheita e recolhimento do café de chão. A disposição das plantas também é essencial, pois com o espaçamento adequado para máquinas, essa operação é facilitada. O espaçamento permite o trânsito do trator-im plemento nas entrelinhas do cafeeiro e a realização de diversas operações mecaniza das, sem causar danos às plantas. Para facilitar a mecanização em áreas mais inclinadas, temos no mercado os microtra tores, que conseguem trabalhar em áreas com declividade até 35%. Outra opção para essas áreas é a tração animal.

5.3 Mecanização adequada para cafezais de montanha

Temos no Brasil uma boa produção de café em áreas de montanha. O destaque vai para regiões da zona da mata mineira, Espírito Santo, norte do Rio de Janeiro, sul de Mi nas Gerais e uma pequena parte de São Paulo. Por isso, é necessário algumas adap tações dos maquinários e das áre as para atender a demanda desses produtores.

Fonte: Getty Images.

Um dos primeiros passos a serem dados nessas adaptações é facilitar a chegada das máquinas, fazendo terraços nas lavouras de montanha. Para essa operação, é neces sário o uso de microtratores e também a tração animal. O terraceamento é feito nas ruas do cafezal, criando microterraços com largura entre 1,3-1,5 m. Esses espaços são semelhantes à uma estrada, onde poderá transitar tra tores estreitos com equipamentos para os tratos culturais, como as capinas, aplicação de herbicidas e pulverização para controle de pragas e doenças.

5.4 Principais tipos de máquinas e implementos para a lavoura cafeeira

Na lavoura cafeeira é muito comum o uso de três tipos de tratores: os normais, de bitola mais larga, que são usados para tratos culturais mais pesados; os conhecidos como “cafeeiros” ou “fruteiros”, que apresentam a bitola mais estreita e trabalham melhor entre as linhas do cafeeiro; e, por último, os microtratores, que tem a potência menor e podem ter duas ou quatro rodas.

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