Curso Técnico em Cafeicultura - Módulo II - Manejo da Lavoura Cafeeira

Os fatores climáticos desempenham uma grande influência na ocorrência e na severi dade das doenças na lavoura cafeeira. Variáveis como temperatura, umidade relativa, precipitação, insolação e ventos influenciam diretamente tanto o ciclo de vida das plantas quanto o desenvolvimento de patógenos. A compreensão dessas relações é essencial para um manejo eficiente e preventivo das doenças na cafeicultura.

• Temperatura

A temperatura é um dos fatores climáticos mais determinantes para a incidência de doenças no cafeeiro. Cada patógeno possui uma faixa de temperatura ideal para seu desenvolvimento. Quando essa faixa é atingida, o risco de infecções aumenta. Por exemplo, o fungo da ferrugem do cafeeiro, uma das doenças mais graves da cultura, desenvolve-se de forma mais agressiva em temperaturas entre 20 °C e 28 °C. Em climas mais frios, o ciclo do fungo pode ser retardado, diminuindo a gravidade da do ença. Por outro lado, temperaturas elevadas, acima de 30 °C, podem reduzir a viabi lidade de alguns patógenos, mas também podem enfraquecer as plantas, tornando-as mais suscetíveis a outras doenças.

• Umidade relativa

A umidade relativa do ar exerce grande influência no desen volvimento de doenças fúngicas, pois muitos patógenos de pendem de altos níveis de umidade para a germinação de es poros e penetração na planta. Doenças como a cercosporiose e a mancha de phoma prosperam em ambientes úmidos.

Períodos prolongados de umidade elevada, acima de 90%, favorecem a proliferação dos fungos causadores dessas doenças, principalmente em regiões com alta precipita ção ou irrigação mal manejada.

• Precipitação

A chuva é um fator diretamente ligado à disseminação de es poros de fungos e bactérias nas lavouras cafeeiras. Períodos chuvosos prolongados criam condições ideais para a prolifera ção de doenças, especialmente as que afetam folhas e frutos.

A phoma, por exemplo, encontra nas chuvas intensas um ambiente propício para cau sar sérios danos, principalmente nos frutos. Além disso, a água da chuva facilita a propagação de patógenos por meio do respingo em folhas e frutos, contaminando di versas partes da planta.

CURSO TÉCNICO SENAR 126

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