Módulo Básico - Fundamentos do Agronegócio

A crise da Fase Pioneira As dificuldades na Fase Pioneira começam a surgir à medida que a produção aumenta ou se diversifica e, consequentemente, torna-se mais complexa. Os processos iniciais já não são suficientes para as necessidades atuais. Conforme as atividades se intensificam e passam a exigir mais dos colaboradores, estes começam a se queixar de dificuldades: há confusão de papéis e funções. Começam a acontecer erros e perdas, e há sobreposição de trabalhos – algo deveria ter sido feito por alguém, mas ninguém o fez. As responsabilidades começam a não ficar claras, as pessoas começam a se questionar sobre quem é responsável pelo quê e surgem os conflitos. Simultaneamente, as informações sobre os detalhes de produção se avolumam e já são tantas, que não cabem na cabeça das pessoas. A falta de controles impede que se conheça a situação real da organização. As comunicações informais não são suficientes para deixar todos informados do que é necessário. Também os usos do dinheiro passam a ser mais diversificados, ficando mais difícil controlá-lo de modo informal. O proprietário passa a se irritar ao perceber os erros e os retrabalhos; passa a pensar na mecanização e na informatização de certas atividades para dar conta das demandas. Com a implementação de processos mais complexos, é possível que algumas pessoas precisem ser substituídas, pois não estão capacitadas a lidar com os novos processos – torna se necessário buscar mão de obra qualificada para as novas tarefas. Os novos colaboradores não têm a mesma relação com a empresa do que aqueles que a iniciaram e questionam as práticas adotadas, questionam a competência dos mais antigos.

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Comentário do autor Nessa fase, é possível que o próprio papel da liderança pioneira seja questionado por aqueles que estão mais próximos: seu empirismo e seu modo improvisado e intuitivo de resolver os problemas talvez já não sejam suficientes para responder às demandas crescentes da empresa. A organização vive tensões e conflitos.

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A Fase Pioneira encontra seus limites; a crise que se instala exige transformação. Essa crise é especialmente dolorosa para o pioneiro. Intimamente vinculado com a iniciativa, é comum sentir a crise como se fosse em seu próprio corpo e, não raro, adoecer nesse momento. É preciso enfrentar a situação e ir a busca de mudanças no modo de lidar com a empresa. Inicia-se, então, o desafio da profissionalização. 2. Fase de Diferenciação A crise da Fase Pioneira leva à busca pela competência organizacional. A empresa volta a sua atenção para a profissionalização. Se o grupo de colaboradores cresceu para responder à crescente produção, é possível que o organograma se torne mais complexo, com mais níveis hierárquicos. Vai-se fazendo uma diferenciação de cargos e funções, com chefias; pessoas se tornam responsáveis pelo trabalho de outras e o proprietário já não lida diretamente com

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